Obama e Romney fazem 1ª debate
Obama e Romney fazem 1ª debate

O presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, o democrata Barack Obama, e o republicano Mitt Romney fazem nesta quarta-feira (3) o primeiro debate da eleição presidencial norte-americana.

A plateia será formada por convidados dos candidatos e estudantes da instituição que receberam convites através de um sorteio. Houve até quem oferecesse lances nas redes sociais de até US$ 400 por um ingresso, que segundo a segurança do evento, é intransferível.

Neste primeiro debate, o tema central será economia e política doméstica, assuntos que, certamente, mais interessam aos americanos neste momento devido aos efeitos prolongados da crise de 2008 na economia do país.

Esta será a primeira vez que Mitt Romney participará de um debate presidencial. Os democratas veem Romney como um bom debatedor, que aperfeiçoou suas capacidades em cerca de 20 debates nas primárias republicanas muitos meses atrás. Já os republicanos lembram que Obama tem a experiência de vários debates presidenciais da campanha contra John McCain em 2008.

Na sexta-feira (28), Romney disse que se sairia melhor nos debates, oferecendo aos americanos não simplesmente atos teatrais, mas focando nas questões disponíveis. "O povo americano ouvirá atentamente esta conversa e decidirá quem pode ajudar suas famílias, quem estará apto para trazer a economia para o caminho que ela deveria estar seguindo; e decidirá baseado no que acredita ser [o candidato] mais interessado em seu país e em sua família”.

O candidato republicano suportou uma série de debates durante a campanha pelas primárias do partido, mas os eventos com múltiplos candidatos não representam a mesma pressão que um cara a cara.

Quanto mais simpático tentou parecer ao longo da campanha, menos agradável foi considerado, sobretudo quando lutou para mostrar uma personalidade que os mais próximos a ele descrevem como afetuosa e divertida.

Romney também protagonizou uma série de gafes e Obama provavelmente tentará pressioná-lo para obter mais comentários desastrados.

"Romney deverá ir aos debates muito bem preparado, com um roteiro muito ajustado, com uma mensagem contundente", afirmou o veterano assessor democrata Bob Shrum. "E deve memorizar e seguir este roteiro porque não é confiável quando é espontâneo", completou.

Ed Gillespie, principal assessor de Romney, afirmou que o republicano fará do debate um referendo sobre os resultados econômicos da gestão de Obama. Portanto, deve aproveitar o resultado anunciado na semana passada pelo Departamento de Comércio, de que a economia americana cresceu 1,3% no segundo trimestre deste ano, 0,4 abaixo do calculado previamente e muito abaixo do ritmo de crescimento de 4,1% com o qual o país fechou 2011. 

Já Obama tenta fazer com que o encontro de hoje, o primeiro de três debates entre os candidatos, estabeleça um contraste entre um político com conteúdo (ele) e outro com estilo (Romney), que tenta se apresentar como o 'campeão' da classe média.

"O que mais me preocupa é manter uma discussão séria sobre o que precisamos fazer para manter o país em marcha e restaurar a segurança dos americanos que trabalham duro", afirmou o presidente na segunda (1º).

Para o professor de ciências políticas da universidade de Denver, Seth Masket, o debate de hoje vai definir o tom dos próximos encontros entre os candidatos. "Além disso, o fato de que terá uma audiência grande, faz com que Romney queira causar um grande impacto. Se ele for visto como passivo e com pouco controle neste primeiro [debate], ficará difícil mudar isso nos próximos", disse Masket ao "Huffington Post".

órida, no dia 22 de outubro.

Antes do debate de Nova York, uma nova medição do índice de desemprego, correspondente ao mês de setembro, deve ser divulgada e acirrar ainda mais a disputa. Com uma taxa acima dos 8% durante 43 meses consecutivos, o desemprego aparece como uma das principais questões nesta disputa eleitoral.

Trata-se de um número-chave, já que a economia se transformou em eixo do debate presidencial devido, principalmente, à fragilidade demonstrada pelos EUA após os efeitos da crise financeira de 2008. (Com agências)

 

Fonte: Uol